em meio a escuridão procuro-te
em meio a multidão procuro estar
em teu colo me sentar
em teu leito me deitar
em meio a multidão falo a ti
susurro-te
na noite escura
na escalada do preto e negro
na escalada
em que muitos descansam
muitos desbundam
muitos morrem
outros se escondem
aí estou eu
buscando-te
amando-te
querendo-te
de ti me alimentando
na escalada
da noite
e enfim brota o dia
o alimento que alimenta
o corpo que a alma leva
o alimento que alimenta
o espirito que com a alma brava
o alimento da vida
a vida que rolamenta
de forma vivida e calma
este alimento que se ostenta
em palavras cheias e repletas
de forças puras e suculentas
este alimento que transporta
o folego que se almeja
a vida que se ostenta
o alimento jamais cessa
da videira se renova
nas varas se rebola
e em ti se instala
este deixar que nos lança
à altitide em que estas
no sublime que me atrai
no sublime quero estar
no mais alto me sentar
rebolar, dançar, pular, girar
e enfim me deleitar
te acariciar e em teu colo estar
na tranquilidade
do anoitecer ao raiar
enfim e contudo
contigo
estar
No alivio da atemosfera
No descanso do aconchego
No enlace do que mais se ama
No doce do que se mostra
No doce de que gostamos e que prezamos
Ainda na paz que almejamos
Na paz momentanea que vivemos
Em tudo e mal esta
O mal espereita
O mal nos tenta enredar
Na paz que herdamos
Na nossa paz quer tocar
Atira-la para longe
Afugenta-la de nós
No recanto em que estamos
Na calmia do que nos deleitamos
O mal quer trilhar
Em nós brotar
Em nós arruinar
Mas temos um Deus
Que em nós esta
Em nós anda e habita
Em nós fortalece e nos guia
A este Deus nos mantenhamos firmes
Para que do mal triunfemos
No bem continuemos
e na paz descansemos
